
A CAIXA Cultural Brasília convida à apreciação do diálogo entre as produções de dois importantes artistas visuais brasileiros – Manuel Messias dos Santos (1945-2001) e Chico Tabibuia (1936-2007) – que viveram à margem da sociedade e do sistema de arte. Ao longo dos últimos séculos, a escrita da história da arte foi eurocentrada. Como resultado, catalogações hierarquizam e classificaram produções a partir de conceitos restritivos. A partir da necessidade de outros horizontes, os curadores Marcos de Lontra Costa e Rafael Fortes Peixoto trazem para Brasília a produção dos dois importantes artistas brasileiros.

Chico Tabibuia
Francisco Moraes da Silva, conhecido como Chico Tabibuia, teve diversos trabalhos relacionados à madeira ao longo da vida, mas só passou a se dedicar à escultura depois dos 40 anos de idade. Apesar de descender de quatro gerações de marceneiros, Chico é considerado um autodidata, por não ter aprendido o ofício com os parentes. Mesmo assim, o saber introjetado integra sua produção através de uma consciência do uso dos materiais e da experimentação de ferramentas.
Manuel Messias
Manuel Messias dos Santos nasceu em Sergipe e se estabeleceu nos anos 1950 no Rio de Janeiro. Em 1960, teve contato com a xilogravura, técnica em que desenvolveu a maior parte de suas obras. Além disso, integrou um grupo de artistas que teve a violência da ditadura militar como influência na produção.

